Após anos esquecidos nas águas de Simões Filho, finalmente os ferries Ipuaçu e Mont Serrat deixaram a Marina Aratu ontem (26), finalizando uma operação iniciada desde o início do mês de abril. Juntas, as embarcações somavam 20 anos paradas, sem qualquer manutenção, até a venda para uma siderúrgica, após um leilão promovido pelo Governo da Bahia.
A operação envolveu um estudo extenso, não apenas de remoção, mas de planejamento estratégico e burocrático para que todas as medidas necessárias fossem atendidas, obedecendo a padrões estabelecidos por normas internacionais. Para o reboque, por exemplo, foi feito um processo de envelopamento, que compreende
envolver a embarcação com uma lona especialmente confeccionada a fim de evitar a
degradação do casco e a poluição do meio ambiente. Além disso foi necessário uma equipe especializada, acompanhando diretamente a instalação e o funcionamento de bombas de sucção e contenção de óleo.
Os ferries foram rebocados à Ponta da Laje, que fica a uma hora da Marina Aratu, onde acontece o desmanche pela empresa SS Comércio de Metais, que arrematou as embarcações por R$ 117 mil - menos do que a média anual do aluguel pago pelo estado à Marina Aratu, no valor de R$ 144 mil.
Vida nova
Um novo capítulo, também envolvendo os ferry boats, está prestes a ser escrito na Baia de Todos os Santos, desta vez - não com a destruição, mas com o afundamento do ferry Agenor Gordilho para a criação de um recife artificial dentro do Parque dos Naufrágios da Baia de Todos os Santos. O Mar Bahia irá acompanhar de perto as últimas ações, trazendo imagens e informações a respeito. Aguarde!
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