Os mangues baianos ganharam muito mais vida nesse ano. A Bahia Pesca produziu em 2018 cerca de 1,8 milhão de megalopas (filhotes de caranguejo na segunda fase de desenvolvimento). O montante é 40% maior que o produzido no ano passado, quando foram reproduzidos 1,3 milhão de megalopas. Os animais foram soltos em seus habitats naturais, no mangue de Acupe, em Santo Amaro da Purificação.
As megalopas foram cultivadas no laboratório da empresa, na Fazenda Experimental Oruabo, em Santo Amaro, onde também são realizadas as principais atividades de pesquisa da Bahia Pesca. As fêmeas utilizadas para a reprodução foram capturadas no próprio manguezal de Acupe. “Durante sua estada em nosso laboratório, as fêmeas foram nutridas com alimentos à base de peixes e camarão até a eclosão dos ovos. É neste momento que ‘nasce’, em forma de larva, a iguaria tão apreciada por baianos e turistas. As larvas então são colocadas em tanques onde se alimentam de microalgas e microcrustáceos e vão se desenvolvendo até atingirem o estágio de megalopas”, explica a técnica da Bahia Pesca, Eliane Hollunder. “Os animais são então mantidos em tanques com temperatura, nível do pH, oxigenação e salinidade da água monitoradas até serem soltos no meio ambiente”, finaliza.
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