O II Festival Náutico Maria Felipa foi um enorme sucesso, realizado no último sábado
(13) movimentou a Baía de Todos-os-Santos. A programação contou com café da manhã e palestras na Marina da Penha, na Ribeira. A primeira delas com a Major PM Érica Patrícia, Comandante da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), falando da sua carreira na PM e das ações da Companhia sob o seu comando, a exemplo do combate à pesca predatória na BTS. O segundo palestrante foi o historiador, professor e pesquisador Rafael Dantas, falando da história da heroína Maria Felipa e também do tradicional bairro da Ribeira.
Na oportunidade estavam presentes autoridades e personalidades do segmento náutico e do turismo baiano, à exemplo da Sra. Lucidalva Santos, da Secretaria de Turismo da Bahia, representando o Secretário de Turismo Maurício Bacelar, do Presidente da Associação Náutica da Bahia (ANB), Santiago Campo, do Presidente do Observatório da Baía de Todos-os-Santos, Moysés Cafezeiro, do Presidente do Clube de Regatas São Salvador, Mário Agra, do Chefe dos Escoteiros do Mar, Chefe José Abreu Neto, da Presidente da Associação Mulheres do Mar (AMMAR), Agatha Wicks, do criador e coordenador do projeto social “I9 Vela Náutica Solidária” Juan Sobral, da representante da empresa Wilson Sons, Adriana Medeiros, de André Costa, representando o Comodoro do Aratu Iate Clube, Lúcio Bahia, de Horácio Ganem e Adriano Ribeiro, importantes lideranças da Associação de Veleiros Monotipos de Salvador, além de diversos velejadores e convidados.
Destacamos também a presença do Capitão dos Portos da Bahia, o CMG Wellington Gagno que, na oportunidade, não estava em missão oficial, mas sim acompanhando, ao lado de sua esposa a Sra. Débora Gagno, a filha Rafaela, atleta do Yacht Clube da Bahia, que competia no II Festival Náutico Maria Felipa a bordo do Veleiro “Vó Santinha”, embarcação essa do Clube Angra dos Veleiros.
VENTOS FORTES NA BTS
Não é à toa que a Baía de Todos-os-Santos é um dos melhores lugares do mundo para a prática de esportes náuticos, em particular, o Iatismo. Para o dia do II Festival Náutico Maria Felipa a previsão de ventos fortes se confirmou. Com rajadas de vento que chegaram a 25 nós (cerca de 45 km/h), o evento foi um desafio para os velejadores, que demonstraram perícia e experiência na condução de suas embarcações, até a cidade de Itaparica, paradisíaca raia de chegada da prova.
SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO
O evento contou com o importante apoio da Capitania dos Portos da Bahia, sempre pronta a atuar em casos de necessidade, o que não foi necessário. Uma escuna de apoio também fez parte da estrutura náutica do festival, utilizada na oportunidade para reboque à dois pequenos veleiros que apresentaram dano nos lemes, inviabilizando assim a permanência na travessia até Itaparica.
CHEGADA EM ITAPARICA
Devido aos fortes ventos na BTS, a travessia da Marina da Penha (largada) até a Marina de Itaparica (chegada) foi rápida, com os primeiros veleiros concluindo o percurso em menos de 1 hora e meia. Na 1ª edição do evento em 2023, estes mesmos veleiros levaram mais do que o dobro desse tempo para fazer o mesmo percurso.
RECEPTIVO NA MARINA DE ITAPARICA
Com uma excelente estrutura de píeres flutuantes, a Marina de Itaparica pôde acomodar com segurança e conforto a maioria dos veleiros que participaram do evento ou que foram acompanhando a travessia.
Sem competir oficialmente, dezenas de outros veleiros aportaram em Itaparica para participar do receptivo do II Festival Náutico maria Felipa. Essa prática é muito comum em eventos nesse formato, batizados de “Regatas-Percurso”, quando os navegadores seguem de um determinado porto para outro, pernoitando no local de destino, por vezes em suas embarcações, por vezes na rede de hotéis e pousadas da cidade ou localidade anfitriã.
DESEMBARQUE SEGURO
Para aqueles navegadores que preferiram fundear as suas embarcações fora do píer da Marina de Itaparica, a organização do evento colocou à disposição uma confortável embarcação identificada por adesivos e bandeira, com capacidade para até 20 passageiros e rádio VHF, para o serviço de traslado. Com o início dessa operação a partir da chegada dos primeiros barcos, o serviço se estendeu até a meia noite e meia de sábado para domingo.
JANTAR PARA NAVEGADORES
Ainda nas dependências da Marina de Itaparica, foi oferecido um almoço/jantar para os navegadores a partir das 16h00, estendendo o serviço até as 21h. No cardápio uma deliciosa feijoada, bastante elogiada por todos e feita por D. Tânia, uma empreendedora da cidade de Itaparica. Além do jantar, o evento também contou com a presença de baianas de acarajé e outras iguarias do cardápio baiano, que comercializaram seus produtos durante todo o evento.
FEIRA DE ARTESANATO
A comunidade de artesãs e artesãos da cidade de Itaparica também foi convidada para expor e comercializar a sua arte durante o receptivo do II Festival Náutico Maria Felipa.
Tendo diversos materiais como matéria prima, a feira fez muito sucesso entre centenas de visitantes.
ATRAÇÕES MUSICAIS
A Cerimônia de Premiação para os velejadores foi precedida pela apresentação de “Nanda Ribeiro & Banda”, atração local, que apresentou um rico e interessante repertório autoral, com ritmos variados. A outra atração foi a Banda “Faustão e os Mongas”, que subiu ao palco após a premiação do evento, e que balançou todos o público presente com muita música e interação.
CERIMÔNIA DE HOMENAGENS & PREMIAÇÃO
Antes do inicio da premiação, foram homenageados patrocinadores e apoiadores do evento, dentre eles a Secretaria de Turismo da Bahia, patrocinadora master do evento, representada na oportunidade pelo Sr. Daniel Meira, a Prefeitura de Itaparica, representada pelo Secretário de Turismo Everaldo Batista, a Federação de Esportes Náuticos da Bahia (FENEB), representada pelo seu vice-presidente Lúcio Bahia e a Flotilha de Veleiros de Oceano da Bahia (FVOBA) representada pelo Capitão Maurício Sacchi.
Outras homenagens também foram feitas, à exemplo do prêmio para a tripulação do Veleiro “Spirogyro”, 100% feminina, comandado pela capitã Táta Mott e para a tripulação do Veleiro “Vó Santinha”, a mais jovem do evento, composta por adolescentes entre 13 e 16 anos, todos atletas do Yacht Clube da Bahia.
VENCEDORES – FITA AZUL
Diversas classes foram premiadas, mas destacamos aqui as embarcações “FITA AZUL” da prova, ou seja, os primeiros ao cruzar a raia de chegada dos seus respectivos grupos.
Fita Azul Grupo 01 (Largada às 13h00) – Veleiro “Maestria” do Comandante Wenceslau Veiga (Aratu Iate Clube)
Fita Azul Grupo 02 (Largada às 13h15) – Veleiro “Laguima” do Comandante Rodrigo Gaspar (Clube Angra dos Veleiros)
Também foram premiados os Veleiros Monotipos, cujo primeiro lugar foi conquistado pela embarcação “O Vulto”, de Horácio Ganem.
TURISMO NÁUTICO – GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA
Além de fortalecer e divulgar o destino, eventos como o II Festival Náutico Maria Felipa movimenta a cadeia produtiva associada ao Turismo. Um dos exemplos que podemos citar é a ocupação de 100% de um dos principais hotéis de Itaparica, o Hotel Icaraí.
Restaurantes, Bares, Mercadinhos e Padarias da cidade também registraram grande movimentação nesse último final de semana. Ambulantes, artesãos, serviços de delivery de gelo e bebidas para embarcações também foram contemplados com um significativo aumento em suas vendas.
MARINA DA PENHA & MARINA DE ITAPARICA
São dois importantes equipamentos que fazem parte das 11 obras estruturantes na Baía de Todos-os-Santos, através do PRODETUR BAHIA do Governo do Estado / Secretaria de Turismo da Bahia.
São de vital importância para o a mobilidade segura dos navegadores no evento, viabilizando embarque e desembarque com bastante conforto e incentivando a participação de mais embarcações e suas numerosas tripulações.
Ambas as Marinas envolvidas no evento possuem uma excelente estrutura de píeres flutuantes, píeres fixos, banheiros, vestiários e atenta equipe de apoio e segurança.
UM POUCO DE HISTÓRIA - QUEM FOI MARIA FELIPA?
MARIA FELIPA DE OLIVEIRA. Nascida na Ilha de Itaparica em data desconhecida, marisque ira, pescadora e trabalhadora braçal, ela teria liderado um grupo de 200 pessoas, entre mulheres negras, índios tupinambás e tapuias nas batalhas contra os portugueses que atacavam a Ilha de Itaparica, a partir de 1822.
Com o apoio de homens da cidade, queimou inúmeras embarcações portuguesas, diminuindo o poderio colonizador no decorrer da batalha, e depois, enfrentou os portugueses usando folhas de cansanção, uma folha típica da região, que em contato com a pele dá a sensação de queimação; e toda a ação resultou em uma queda no número de soldados da tropa portuguesa.
Em 26 de julho de 2018 foi declarada Heroína da Pátria Brasileira pela Lei Federal nº 13.697, tendo seu nome inscrito no "Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria", que se encontra no "Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves", situado em Brasília, Distrito Federal.
PATROCÍNIOS E APOIOS
O II Festival Náutico Maria Felipa contou com o Patrocínio Master da Secretaria de Turismo da Bahia (SETUR/BA).
Especial apoio da Prefeitura de Itaparica, da Fundação Aleixo Belov, da Uranus 2 Comunicação e da Centerglass Resinas e Fibras de Vidro.
Apoio técnico da Federação de Esportes Náuticos do Estado da Bahia (FENEB) e Flotilha de Veleiros de Oceano da Bahia (FVOBA) e apoio institucional da Capitania dos Portos da Bahia, do Aratu Iate Clube e da Associação Náutica da Bahia (ANB).
Apoio de Mídia da Tribuna da Bahia, do Site Mar Bahia, da Revista Let´s Go Bahia e do Programa A Bordo da Rádio Metrópole FM.
Comments